Estudo bíblico livro de Jó

 

ESTUDO BÍBLICO SOBRE O LIVRO DE JÓ

resumo/resenha

Na terra de Uz viva um homem chama Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava fazer o mal. Tinha ele sete filhos e três filhas, e possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentos jumentos, e tinha muita gente a seu serviço. Era o homem mais rico do oriente.

Seus filhos costumavam dar banquetes em casa, um de cada vez, e convidavam suas três irmãs para comerem e beberem com eles. Terminado um período de banquetes, Jó mandava chamá-los e fazia com que se purificassem. De madrugada ele oferecia um holocausto em favor de cada um deles, pois pensava: “talvez os meus filhos tenham, lá no íntimo, pecado e amaldiçoado a Deus”. Essa era a prática constante de Jó.

A primeira provação de Jó

“Será que Jó não tem razões para temer a Deus?, respondeu Satanás, “Acaso não puseste uma cerca em volta dele, da família dele e de tudo o que ele possui? Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de o modo que os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra. Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face.”

O Senhor disse a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele.”. Então Satanás saiu da presença do Senhor.

Enquanto ele ainda estava falando, chegou ainda outro mensageiro e disse: “Seus filhos e suas filhas estavam num banquete, comendo e bebendo na casa do irmão mais velho, quando, de repente, um vento muito forte veio do deserto e atingiu os quatro cantos da casa, que desabou. Eles morreram, e eu fui o único que escapou para lhe contar!” Ao ouvir isso Jó levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se, rosto em terra, em adoração e disse: “Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei.”

A segunda provação de Jó

O Senhor disse a Satanás. “Pois bem, ele está nas suas mãos; apenas poupe a vida dele.” Saiu, pois, Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça. Então Jó apanhou um caco de louça e com ele se raspava, sentado entre as cinzas. Então sua mulher lhe disse: “Você ainda matém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus e morra! Ele respondeu: “Você fala como uma insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal? Em tudo isso Jó não pecou com os seus lábios.

Os amigos de Jó

Quando o viram a distância, mal puderam reconhecê-lo e choraram em alta voz. Cada um deles rasgou seu manto e colocou terra sobre a cabeça. Depois os três se assentaram no chão com ele, durante sete dias e sete noites. Ninguém lhe disse uma palavra, pois viam como era grande o seu sofrimento.

O discurso de Jó

“Pereça o dia do meu nascimento e a noite em que se disse: “Nasceu um menino!” Transforme-se aquele dia em trevas, e Deus, lá do alto, não se importe com ele; não resplandeça a luz sobre ele. Chamem-no de volta as trevas e a mais densa escuridão; coloque-se uma nuvem sobre ele e o negrume aterrorize a sua luz. Apoderem-se daquela noite densas trevas! Não seja ela incluída entre os dias do ano, nem faça parte de nenhum dos meses. Seja aquela noite estéril, e nela não se ouçam brados de alegria. Amaldiçoem aquele dia os que amaldiçoam os dias e são capazes de atiçar o Leviatã. Fiquem escuras as suas estrelas matutinas, espera ele em vão pela luz do sol e não veja os primeiros raios da alvorada, pois não fechou as porta do ventre materno para evitar que eu contemplasse males. Por que não morri ao nascer, e não pensei quando saí do ventre? Porque houve joelhos para me receberem e seios para me amamentarem? Agora eu bem poderia estar deitado em paz e achar repouso junto aos reis e conselheiros da terra, que construíram para si lugar que agora jazem em ruínas, com governantes que possuíam ouro, que enchiam sua casa de prata. Porque não me sepultaram como criança abortada, como um bebê que nunca viu a luz do dia? Alí os ímpios já não se agitam, e ali os cansados permanecem em repouso; os prisioneiros também desfrutam sossego, já não houvem mais os gritos do feitor de escravos. Os simples e poderosos ali estão, e o escravo está livre do seu senhor. Porque se dá a luz aos infelizes, e vida aos de alma amargurada, aos que anseiam pela morte esta não vem, e a procuram mais do que a um tesouro oculto, e exultam quando vão para a sepultura? Por que se dá vida aquele cujo caminho é oculto, e a quem Deus fechou as saídas? Pois me vêm suspiros em vez de comida; meus gemidos transbordam como água. O que eu temia veio sobre mim; o que receava me aconteceu. Não tenho paz, nem tranquilidade, nem descanso; somente inquietação”.”

parte resumida

Elifaz

“Você fortaleceu joelhos vacilantes, mas agora que se vê em dificuldade, você desanima;

Pelo que tenho observado quem cultiva o mal e semeia a maldade, isso também colherá. Pelo sopro de Deus são destruídos; pelo vento da sua ira eles perecem. Os leões podem rugir e rosnar, mas até os dentes dos leões fortes se quebram. O leão morre por falta de presa, e os filhotes da leoa se dispersam. Disseram-me uma palavra em segredo, da qual os meus ouvidos captaram um murmúrio. Em meio a sonhos perturbadores da noite, quando cai sono profundo sobre os homens, temo e tremor se apoderam de mim e fizeram estremecer todos os meus ossos. Um espírito roçou meu rosto, e os pelos do meu corpo se arrepiam. Ele parou, mas não pude identificá-lo. Um vulto se pôs diante dos meus olhos, e ouvi uma voz suave, que dizia: Poderá algum mortal ser mais justo que Deus? Poderá um homem ser mais puro que o seu Criador? Se Deus não confia em seus servos, se vê erro em seus anjos e os acusa, tequanto mais nos que moram em casas de barro, cujos alicerces estão no pó! São mais facilmente esmagados que uma traça! Entre o alvorecer e o crepúsculo são despedaçados; perecem para sempre, sem ao menos serem notados. Não é certo que as cordas de suas tendas são arrancadas, e eles morrem sem sabedoria?” Pois o sofrimento não brota do pó, e as dificuldades não nascem do chão. No entanto, o homem nasce para as dificuldades tão certamente como as fagulhas nascem para cima.” “Ele salva o oprimido da Espada que trazem na boca; salva-os das garras dos poderosos. Por isso os pobres têm esperança e a injustiça cala a própria boca. Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não despreze a disciplina do Todo – poderoso. Pois ele fere, mas trata do ferido; ele machuca, mas suas mãos também curam. De seis desgraças ele o livrará do golpe da espada. Você será protegido do açoite da língua, e não precisará ter medo quando a destruição chegar. Você rirá da destruição e da fome, e não precisará temer as feras da terra. Pois fará aliança com as pedras do campo, e os animais selvagens estarão em paz com você. Você saberá que a sua tenda é segura; contará os bens da sua morada e de nada achará falta. Você saberá que os seus filhos serão muitos, e que os seus descendentes serão como a relva da terra. Você irá para a sepultura em pleno vigor, como um feixe recolhido no devido tempo. Verificamos isso e vimos que é verdade; Portanto, ouça e aplique isso a sua vida.”

“As flechas do todo – Poderoso estão cravadas em mim, e o meu espírito suga delas o veneno; os terrores de Deus me assediam. Zurra o jumento selvagem, se tiver capim? Muge o boi, se tiver forragem? Come-se sem sal uma comida insípida? E a clara do ovo, tem algum sabor? Recuso-me a tocar nisso; esse tipo de comida causa-me repugnância. “Se tão – somente fosse atendido o meu pedido, se Deus se dispusesse a esmagar-me, a soltar a mão protetora e eliminar mel. Pois eu ainda teria o consolo, minha alegria em meio à dor implacável, de não ter negado as palavras do Santo.

“Ques esperança posso ter, se já não tenho força?” “Ensine-me e eu me calarei; mostre-me onde errei. Como doem as palavras verdadeiras! Mas o que provam os argumentos de vocês? Vocês pretendem corrigir o que digo as palavras de um homem despesperado? Vocês seriam capazes de pôr em sorteio o orfão e de vender um amigo por uma bagatela!

Mas agora, tenha a bondade de olhar para mim. Será que eu mentira na frente de vocês? Reconsiderem a questão, não sejam injustos;

Não é pesado o sabor do homem na terra? Seus dias não são como de um assalariado? pelas sombras do entardecer, ou como o assalariado que espera ansioso pelo pagamento, assim me deram meses de ilusão e noites de desgraça me foram destinadas. Quando me deito, fico pensando: Quanto vai demorar para eu me levanar? A noite se arrasta, e eu fico me virando na cama até o amanhecer. Meu corpo está coberto de vermes e cascas de feridas, minha pele está rachada e vertendo pus. Meus dias correm mais depressa que a lançadeira do tecelão, e chegam ao fim sem nenhum esperança. Lembra-te, ó Deus, de que a minha vida não passa de um sopro; meus olhos jamais tornarão a ver a felicidade. Os que agora me veêm nunca mais me verão; puseste o teu olhar em mim, e já não existo. Assim como a nuvem se esvai e desaparece, assim quem desce à sepultura não volta. Nunca mais voltará ao seu lar; a sua habitação não mais o conhecerá. Por isso não me calo; na aflição do meu espírito desabafarei, na amargura da minha alma farei as minhas queixas. Sou eu o mar, ou o monstro das profundezas, para que me ponhas sob guarda? Quando penso que a minha carne me consolará e que o meu leito aliviará a minha queixa, mesmo aí me assustas com sonhos e me aterrorizas com visões. É melhor ser estrangulado e morrer do que sofrer assim; sinto desprezo pela minha vida! Não vou viver para sempre; deixa-me, pois os meus dias não têm sentido.

Bildade

Pergunte as gerações anteriores e veja o que os seus pais aprenderam, pois nós nascemos ontem e não sabemos nada. Nossos dias na terra não passam de uma sombra. Acaso eles não o instruirão, não lhe falarão? Não profirão palavras vindas do entendimento? Poderá o papiro crescer senão no pântano? Sem água cresce o junco? Mal cresce e, antes de ser colhido, seca-se, mais depressa que qualquer grama. Esse é o destino de todo o que se esquece de Deus; assim perece a esperança dos ímpios. Aquilo em que ele confia é frágil, aquilo em que se apóia é uma teia de aranha. Econsta-se em sua teia, mas ela cede; agarra-se a ela, mas ela não aguenta. Ele é como uma planta bem regada ao brilho do sol, espalhando seus brotos pelo jardim; entrelaça as raízes em torno de um monte de pedras e procura um lugar entre as rochas. Mas, quando é arrancada do seu lugar, este a rejeita e diz: “Nunca a vi.” Esse é o fim da sua vida, e do solo brotam outras plantas. “Pois é certo é que Deus não rejeita o ìntegro, e não fortalece as mãos dos que fazem o mal. Mas, quando você, ele encherá de riso a sua boca e de brados de alegria os seus lábios. Seus inimigos se vestirão de vergonha, e as tendas dos ímpios não mais existirão.”

“Mesmo que eu o chamasse e ele me respondesse, não creio que me daria ouvidos. Ele me esmagaria com uma tempestade e sem motivo multiplicaria minhas feridas. Não me permitiria recuperar o fôlego, mas me engolfaria em agruras. Recorrer à força? Ele é mais poderoso! Ao tribunal? Quem o intimará? Mesmo sendo eu inocente, minha boca me condenaria; se eu fosse íntegro, ela me declararia culpado. “Conquanto eu seja íntegro, já não me importo comigo; desprezo a minha própria vida. É tudo a mesma coisa; por isso digo: Ele destrói tanto o íntegro como o ímpio. Quando um flagelo causa morte repentina, ele zomba do desespero dos inocentes. Quando um país cai nas mãos dos ímpios, ele vende os olhos de seus juízes. Se não é ele, quem é então? Meus dias correm mais velozes que um atleta; eles voam sem um vislumbre de alegria. Passam como barcos de papiro, como águia que mergulham sobre as presas. Se eu disser: Vou esquecer a minha queixa, vou mudar o meu semblante e sorrir, ainda assim me apavoro com todos os meus sofrimentos, pois sei que não me considerarás inocente. Uma vez que já fui considera culpado, por que deveria eu lutar em vão? Mesmo que eu me levasse com sabão e limpasse as minhas mãos com soda de lavadeira, tu me atirarias num poço de lodo, para que até as minhas roupas me detestassem.

Zofar

Ficarão sem resposta todas essas palavras? Irá confirmar-se o que esse tagarela diz? Sua conversa tola calará os homens? Ninguém o repreenderá por sua zombaria? Você diz a Deus: “A doutrina que eu aceito é perfeita, e sou puro aos teus olhos”, Ah, se Deus lhe falasse, se abrisse os lábios contra você e lhe revelasse os segredos da sabedoria! Pois a verdadeira sabedoria é complexa. Fique sabendo que Deus esqueceu alguns dos seus pecados. Você consegue prescutar os mistérios de Deus? Pode sonhar os limites do todo – Poderoso? São mais altos que os céus! O que você poderá fazer? São mais profundos que as profundezas! O que você poderá saber? Seu comprimento é maior que a terra e a sua largura é maior que o mar. Se ele ordena uma prisão e convoca o tribunal, quem poderá opor-se? Pois ele não identifica os enganadores e não reconhece a iniquidade logo que as vê? Mas o tolo só será sábio quando a cria do jumento selvagem nascer homem. Você se deitará, e ninguém lhe causará medo, e muitos procurarão o seu favor. Mas os olhos dos ímpios fenecerão, e em vão procurarão refúgio; o suspiro da morte será a esperança que terão.”

Sem dúvida vocês são o povo, e a sabedoria morrerá com vocês! Mas eu tenho a mesma capacidade de pensar que vocês têm: não sou inferior a vocês. Quem não sabe dessas coisas? “Tornei-me objeto de riso para os meus amigos, logo eu, que clamava a Deus e ele me respondia, eu, íntegro e irrepreensível, um mero objeto de riso! Quem está bem despreza a desgraça, o destino daqueles cujos pés escorregam. As tendas dos saqueadores não sofrem perturbação, e aqueles que provocam a Deus estão seguros, aqueles que transportam os seu deus em suas mãos.”

“Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do SENHOR fez isso? Em sua mão está a vida de cada criatura e o fôlego de toda a humanidade. O ouvido não experimenta as palavras com a língua experimenta a comida? A sabedoria se acha entre os idosos? A vida longa traz entendimento? Deus é quem tem sabedoria e poder; a ele pertencem o conselho e o entendimento. O que ele derruba ele aprisiona ninguém pode libertar. Se ele retém as àguas, predomina a seca; se as solta, devastam a terra. A ele pertencem a força e a sabedoria; tanto o enganado quanto o enganador a ele pertencem. Ele despoja e demite os conselheiros, e faz os juízes de tolos. Tira as algemas postas pelos reis, e amarra uma faixa em torno da cintura deles. Despoja e demite os sacerdotes, e arruína os homens de sólida posição. Cala os lábios dos conselheiros de confiança, e tira o discernimentos dos anciãos. Derrama desprezo sobre os nobres, e desarma os poderosos. Revela coisas profundas das trevas, e traz à luz densas trevas. Dá grandeza as nações, e as destrói; faz crescer as nações, e as dispersa. Priva da razão os líderes da terra, e os envia a perambular num deserto sem caminhos. Andam tateando nas trevas, sem nenhuma luz; ele os faz cambalear com bêbados. “Meus olhos viram tudo isso, meus ouvidos o ouviram e entenderam. O que vocês sabem, eu também sei; não sou inferior a vocês. Mas desejo falar ao Todo – poderoso e defender a minha causa diante de Deus. Vocês, porém, me difamam com mentiras; todos vocês são médicos que nada valem! Se tão – somente ficassem calados, mostrariam sabedoria. Escutem agora o meu argumento; prestem atenção à réplica de meus lábios. Vocês vão falar com a maldade de Deus? Vão falar enganosamente a favor dele? Vão revelar parcealidade por ele? Vão defender a causa a favor de Deus? Tudo iria bem se ele os examinasse? Vocês conseguiriam enganá-lo como podem enganar os homens? Concerteza ele os repreenderia se, no íntimo, vocês fossem parciais. O esplendor dele não os aterrorizaria? O pavor dele não cairia sobre vocês? As máximas que vocês citam são provérbios de cinzas; suas defesas não passam de barro.

Elifaz

“Responderia o sábio com idéias vâs, ou encheria o estômago com o vento? Argumentaria com palavras inúteis, com discursos sem valor? Mas você sufoca a piedade e diminui a devoção a Deus. O seu pecado motiva a sua boca; você adota a linguagem dos astutos. É a sua própria boca que o condena, e não a minha; os seus próprio lábios depôem contra você. “Será que você foi o primeiro a nascer? Acaso foi gerado antes das colinas? Você costuma ouvir o conselho secreto de Deus? Só a você pertence a sabedoria? O que você sabe, que nós não sabemos? Que compreensão tem você, que nós não temos? Temos do nosso lado homens de cabelos brancos, muito mais velhos que o seu pai. Não lhe bastam as consolações divinas e as nossas palavras amáveis? Por que você se deixa levar pelo coração, e por que esse brilho nos seus olhos? Pois contra Deus você dirige a sua ira e despeja da sua boca essas palavras! Como o homem pode ser puro? Como pode ser justo quem nasce de mulher? Pois se nem nos seus santos Deus confia, e se nem aos céus são puros aos seus olhos, quanto menos o homem, que é impuro e corrupto, e que bebe iniquidade como água. Escute-me e eu lhe explicarei; vou dizer-lhe o que vi, o que os sábios declaram sem esconder o que receberam dos seus pais, a quem foi dada a terra, e a mais ninguém; nenhum estrangeiro passou entre eles: O ímpio sofre tormentos a vida toda, como também o homem cruel, nos poucos anos que lhes são reservados. Só ouve ruídos aterrorizantes; quando se sente em paz, ladrões o atacam. Não tem esperança de escapar das trevas; sente-se destinado ao fio da espada. Fica perambulando; é comida para os abutres; sabe muito bem que logo virão sobre ele as trevas. A aflição e a angústia o apavoram e o dominam como um rei pronto para atacar, porque agitou os punhos contra Deus, e desafiou o Todo – poderoso, afrontando-o com arrogância, com um escudo grosso e resistente. Apesar de ter o rosto coberto de gordura e a cintura estufada de carne, habitará em cidades prestes a arruinar-se, em casas inabitáveis, caindo aos pedaços. Nunca mais será rico; sua riqueza não durará, e os seus bens não se propagarão pela terra. Não poderá escapar das trevas; o fogo chamuscará os seus renovos, o sopro da boca de Deus o arrebatará. Que ele não se iluda em confiar no que não tem valor, pois não receberá como compensação. Terá completa paga antes do tempo, e os seus ramos não florescerão. Será como a vinha despojada de suas uvas verdes, como a oliveira que perdeu a sua floração, pois o companherismo dos ímpios nada lhe trará, e o fogo devorará as tendas dos que gostam de subornar. Eles concebem maldade e dão a luz a iniquidade seu ventre gera engano.”

Então Jó responde:

“Contudo, se falo, a minha dor não se alivia; se me calo, ela não desaparece. Sem dúvida, ó Deus, tu me esgotaste as forças; deste fim a toda a minha família. Tu me deixaste deprimido, o que é uma testemunha disso; a minha magreza se levanta e depõe contra mim; meus inimigos fitam-me com olhar ferino. Os homens abrem sua boca contra mim, esmurram meu rosto com zombaria e se unem contra mim. Deus fez-me cair nas mãos dos ímpios e atirou-me nas garras dos maus. Eu estava tranquilo, mas ele me arrebentou; agarrou-me pelo pescoço e esmagou-me. Fez

de mim o seu alvo; seu flecheiros me cercam. Ele traspassou sem dó os meus rins e derramou na terra a minha bílis. Lança-se sobre mim e outra vez; ataca-me como um guerreiro. Costurei veste de lamento sobre a minha pele e enterrei a minha testa no pó. Meu rosto está rubro de tanto eu chorar, e sombras densas circundam os meus olhos, apesar de não haver violência em minhas mãos e de ser pura a minha oração. Ó terra, não cubra o meu sangue! Não haja lugar de repouso a consolação dos meus lábios lhes daria alívio. Contudo, se falo, a minha dor não se alivía; se me calo, ela não desaparece. Sem dúvida, ó Deus, tu me esgotaste as forças; deste fim a toda a minha família. Tu me deixaste deprimido, o que é uma testemunha disso; a minha magreza se levanta e depõe contra mim. Deus, em sua ira, ataca-me e faz-me em pedaços, e tange os dentes contra mim; meus inimigos fitam-me com olhar felino.

Saibam agora mesmo que a minha testemunha está nos céus; nas altura está o meu advogado. O meu intercessor é meu amigo, quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos; ele defende a causa do homem perante Deus, como quem defende a causa de um amigo.”

“Pois mais alguns anos apenas, e farei a viagem sem retorno. Meu espírito está quebrantando, os meus dias se encurtam, a sepultura me espera. A verdade é que zombadores me rodeiam, e tenho que ficar olhando a sua hostilidade. Dá-me, ó Deus, a garantia que exiges. Quem, senão tu, me dará segurança? Fechastes as mentes deles para o entendimento, e com isso não os deixará triunfar. Se alguém denunciar os seus amigos por recompensa, os olhos dos filhos dele fraquejarão, mas de mim Deus fez um provérbio para todos, um homem em cujo rosto ou outros cospem.

Biliade

“Quando você vai parar de falar? Proceda com sensatez, e depois poderemos conversar.Porque somos considerados animais, e somos ignorantes aos seus olho? Ah, você, que se dilacera de ira! Deve-se abandonar a terra por sua causa? Ou devem as rochas mudar de lugar? A lâmpada do ímpio se apaga, e a chama do seu fogo se extingue. Na sua tenda a luz se escurece; a lâmpada de sua vida se apaga. O vigor de seus passos se enfraquece, e os seus próprios planos o lançam por terra. Por seus próprios pés você se prende na rede, e se perde na sua malha. A armadilha o pega pelo calcanhar; o laço o prende firme. O nó corredio está escondido na terra para pegá-lo, há uma armadilha em seu caminho. Terrores de todos os lados o assustam e o peseguem em todos os seus passos. A calamidade de fome de alcançá-lo; a desgraça está à espera de sua queda e consome partes de sua pele; o primogênito da morte devora os membros do seu corpo. Ele é arrancado da segurança de sua tenda, e o levam a força ao rei dos terrores. O fogo mora na tenda dele; espalham enxofre ardente sobre a sua habitação. Suas raízes secam-se embaixo, e seus ramos murcham em cima. Sua lembrança desaparece da terra, e nome não tem, em parte alguma. É lançado da luz para as trevas; é banido do mundo. Não tem filhos nem descendentes entre o seu povo, nem lhe restou sobrevivente algum nos lugares onde antes vivia. Os homens do ocidente assustam-se com a sua ruína, e os do oriente enchem-se de pavor. É assim a habitação do perverso; essa é a situação de quem não conhece a Deus.”

Então Jó respondeu:

“Até quando vocês continuarão a atormentar-me, e a esmagar-me com palavras? Vocês já me repreenderam dez vezes, não se envergonham de agredir-me! Se é verdade que me desviei, meu erro só interessa a mim. Se de fato vocês se exaltam acima de mim e usam contra mim a minha humilhação, saibam que foi Deus quem me tratou mal e me envolveu em sua rede. “Se grito: é injustiça! Não obtenho resposta, clamo por socorro, todavia não há justiça. Ele bloqueou o meu caminho, e não consigo passar; cobriu de trevas as minhas veredas. Despiu-me de minha honra e tirou a coroa da minha cabeça. Ele me arrasa por todos os lados enquanto eu não me vou; desarraiga a minha esperança como se arranca uma planta. Sua ira acendeu-se contra mim; ele me vê como inimigo. Suas tropas avançam poderosamente; cercam-me e acampam ao redor da minha tenda. Ele afastou de mim os meu irmãos; até os meus conhecidos estão longe de mim. Os meus parentes me abandonaram e os meus amigos esqueceram-se de mim. Os meus hóspedes e as minhas servas consideram-me estrangeiro; veêm-me como um estranho. Chamo o meu servo, mas ele não me responde, ainda que eu lhe implore pessoalmente. Minha mulher acha repugnante o meu hálito; meus próprios irmãos tem nojo de mim. Até os meninos zombam de mim e dão risada quando eu apareço. Todos os meus amigos chegado me detestam; aqueles a quem amo voltaram-se contra mim. Não passo de pele e ossos; escapei só com a pela dos meus dentes. Misericórdia, meus amigos! MisericórdIa! Pois a mão de Deus me feriu. Porque vocês me perseguem como Deus o faz? Nunca irão saciar-se da minha carne? Quem dera as minhas palavras fossem registradas! Quem dera fossem escritas num livro, fossem talhadas a ferro no chumbo, ou gravadas para sempre na rocha! Eu sei que o meu redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos, eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração! “Se vocês disserem: “Vejamos como vamos persegui-lo pois a raiz do problema está nele, melhor será que temam a espada, porquanto por meio dela a ira lhe trará castigo, e então vocês saberão que há julgamento.”

Zofar

Ele voa e vai-se como um sonho, para nunca mais ser encontrado, banido como uma visão noturna. O olho que o viu não o verá mais, nem o seu lugar o tornará a ver. Seus filhos terão que indenizar os pobre; ele próprio, com suas mãos, terá que refazer a sua riqueza. O vigo juvenil qie enche os seus ossos jazerá com ele no pó. “Mesmo que o mal seja doce em sua boca e ele o esconda sob a língua, mesmo que o retenha na boca para saboreá-lo, ainda assim a sua comida azedará no estômago; e será como veneno de cobra em seu interior. Ele vomitará as riquezas que engoliu; Deus fará seu estômago lançá-las fora. Sugará veneno de cobra; as presas de uma víbora o matarão. Não terá gosto na contemplação dos regatos e dos rios que vertem mel e nata. Terá que devolver aquilo pelo que lutou, sem aproveitá-lo, e não desfrutará dos lucros do seu comércio. Sim, pois ele tem oprimidos os pobres e os tem deixado desamparados; apoderou-se de casas que não construiu. Certo é que sua cobiça não lhe trará descanso, e o seu tesouro não o salvará. Nada lhe restou para devorar; sua prosperidade não durará muito. Em meio à sua fartura, a aflição o dominará; a força total da desgraça o atingirá. Quando ele estiver de estômago cheio, Deus dara vazão às tremendas chamas de sua ira, e sobre ele despejará o seu furor. Se escapar da arma de ferro; o bronze da sua flecha o atravessará.

Cantam, acompanhando a música do tamborim e da harpa; alegram-se ao som da flauta. Os ímpios passam a vida na prosperidade e descem a sepultura em paz. Contudo, dizem eles a Deus: “Deixa-nos! Não queremos conhecer os seus caminhos. Quem é o Todo – poderoso, para que o sirvamos? Que vantagem temos em orar a Deus? Mas não depende deles a prosperidade que desfrutam; por isso fico longe do conselho dos ímpios.

Acaso é dos homens que me queixo? Porque não deveria estar eu impaciente? Olhem para mim, e ficarão atônitos; tapem a boca com a mão. Quando penso nisso, fico aterrorizado; todo o meu corpo se põe a tremer. Por que vivem os ímpios? Por que chegam à velhice e aumentam o seu poder? Eles veêm seu filhos estabelecidos ao seu redor, e os seus descendentes diante dos seus olhos. Seus lares estarão seguros e livre do medo; a vara de Deus não os vem ferir. Seus tesouros nunca deixam de procriar; suas vacas dão crias e não abortam. Eles soltam os seus filhos como um rebanho; seus pequeninos pôem-se a dançar. Cantam, acompanhando a música do tamborim e da harpa; alegram-se ao som da harpa; alegram-se ao som da flauta. Os ímpios passam a vida na prosperidade e descem a sepultura em paz.

Elifaz

Que prazer você daria ao Todo – poderoso se você fosse justo? Que é que ele ganharia se os seus caminhos fossem irrepreensíveis? “É por sua piedade que ele o repreende e lhe faz acusações? Não é grande a sua maldade? Não são infintos os seus pecados? Sem motivo você exigia penhores dos seus irmãos; você despojava das roupas os que quase nenhuma tinham. Você não deu água ao sedento e reteve a comida do faminto, sendo você poderoso, dono de terras e delas vivendo, e honrado diante de todos. Você mandou embora de mãos vazias as viúvas e quebrou a força de órfãos. Por isso está cercado de armadilhas e o perigo repentino o apavora. Também por isso você se vê envolto em escuridão que o cega, e o cobrem as àguas, em tremenda inundação. “Não está Deus nas alturas do céus? E em que altura estão as estrelas mais distantes! Contudo, você diz: “O que sabe Deus? Poderá julgar através de tão grande escuridão? Nuvens espessas o cobrem, e ele não pode ver-nos quando percorre a abóbada dos céus.” Você vai continuar no velho caminho que os perversos palmilharam? Estes foram levados antes da hora; seus alicerces foram arrastados por uma enchente. Eles disseram a Deus: “Deixa-nos! O que o Todo – poderoso poderá fazer conosco?” Contudo, foi ele que encheu de bens as casas deles; por isso fico longe do conselho dos ímpios. Os justos veêm a ruína deles, e se regozijam; os inocentes zombam deles, dizendo: Certo é que os nossos inimigos foram destruídos, e o fogo devorou à sua riqueza.” “Sujeite-se a Deus, fique em paz com ele, e a prosperidade virá á você. Aceite a instrução que vem da sua boca e ponha no coração as suas palavras.

“Eu lhe apresentaria a minha causa e encheria a minha boca de argumentos. Estudaria o que ele me respondesse e analisaria o que me dissesse. Será que ele se oporia a mim com grande poder?Não, ele não me faria acusações. O homem íntegro poderia apresentar-lhe a sua casa; eu seria liberto para sempre de quem me julga. Mas, se vou para o oriente, lá ele não está; se vou para o ocidente, não o encontro. Quando ele está em ação no norte, não o enxergo; quando vai para o sul, nem sombra dele eu vejo! Mas ele conhece o caminho por onde ando, se me puser à prova, aparecerei como o ouro. Meus pés seguiram de perto suas pegadas; mantive-me no seu caminho sem desviar-me. Não me afastei dos seus mandamentos dos seus lábios; dei mais valor às palavras de sua boca do que ao meu pão de cada dia.

Mas ele é ele! Quem poderá fazer-lhe oposição? Ele faz o que quer. Executa o seu decreto contra mim, e tem muitos outros planos semelhantes. Por isso fico apavorado diante dele, pensar nisso me enche de medo. Deus fez desmaiar o meu coração; o Todo – poderoso causou-me pavor. Contudo, não fui silenciado pelas trevas, pelas densas trevas que cobrem o meu rosto. “Por que o Todo – poderoso não marca as datas de julgamento? Por que aqueles que o conhecem não chegam a vê – las? Há os que mudam os marcos dos seus limites e apascentam rebanhos que eles roubaram. Levem o jumento que peretence ao orfão e tomam o boi da viúva como penhor. Forçam os necessitados a sair do caminho e os pobres da tera a esconder-se.

Biliade

O domínio e o poder pertencem a Deus; ele impõe ordem nas alturas, que a ele pertencem. Seria possível contar os seus exércitos? E a sua luz, sobre quem não se levanta? Como pode então o homem ser justo diante de Deus? Como pode ser puro quem nasce de mulher? Se nem a lua é brilhante e nem as estrelas são puras aos olhos dele, muito menos o será o homem, que não passa de larva, o filho do homem, que não passa de verme!”

Os mortos estão em grande angústia sob as àguas, e com eles sofrem os que nelas vivem. Nú está o Sheol diante de Deus, e nada encobre a Destruição. Ele estende os céus do norte sobre o espaço vazio; suspende a terra sobre o nada. Envolve as àguas em suas nuvens, e estas não se rompem sob o peso delas. Ele cobre a face da lua cheia estendendo sobre ela as suas nuvens. Traça o horizonte sobre a superfície das águas para servir do limite entre a luz e as trevas. As colunas dos céus estremecem e ficam perplexas diante da sua repreensão. Com seu poder agitou violentamente o mar; com sua sabedoria despedaçou o Monstro dos Mares. Com seu sopro os céus ficaram límpidos; sua mão feriu a serpente arisca. E isso tudo é apenas a borda de suas obras! Uma suave susurro é o que ouvimos dele. Mas quem poderá compreender o trovão do seu poder!”

Pelo Deus vivo, que me negou justiça, pelo Todo – poderoso, que deu amargura à minha alma, enquanto eu tiver vida em mim, o sopro de Deus em minhas narinas, meus lábios não falarão maldade, e minha língua não proferirá nada que seja falso. Nunca darei razão a vocês! Minha integridade não negarei jamais, até a smorte. Manterei minha retidão, e nunca a deixarei; enquanto eu viver, a minha consciência não me repreenderá. Sejam os meus inimigos comos os ímpios, e os meus adversários com os injustos! Pois, qual é a esperança do ímpio, quando é eliminado, quando Deus lhe tira a vida? Ouvirá Deus o seu clamor quando vier sobre ele a aflição? Terá ele prazer no Todo – poderoso? Chamará a Deus a cada instante? “Eu os instruirei sobre o poder de Deus; não esconderei de vocês os caminhos do Todo – poderoso. O homem dá fim a escuridão e vasculha os recônditos mais remotos em busca de minério, nas mais escuras trevas. Longe das moradias ele cava um poço, em local esquecido pelos pés dos homens; longe de todos, ele se pendura e balança. A terra, da qual vem o alimento, é revolvida embaixo como que pelo fogo; das suas rochas saem safiras, e seu pó contém pepitas de ouro. Nenhuma ave de rapina conhece aquele caminho oculto, e os olhos de nenhum falcão o viram. Os animais altivos não põem os pés nele, e nenhum leão ronda por ali. As mãos dos homens atacam a dura rocha e transtornam as raízes das montanhas. Fazem túneis através da rocha, e os seus olhos enxergam a todos os tesouros dali. Eles vasculham as nascentes dos rios e trazem à luz coisas ocultas. “Onde, porém, se poderá achar a sabedoria… Onde habita o entendimento…….. O homem não percebe o valor da sabedoria; ele não se encontra na terra dos viventes. O abismo diz: “Em mim não está”; o mar diz: “Não está comigo”. Não pode ser comparada, mesmo com o ouro mais puro, nem se pode pesar o seu preço em prata. Não pode ser comparada nem com o ouro puro de Ofir, nem com o preciso ônix. nem com safiras. O ouro e o cristal não se comparam com ela, e é impossível tê-la em troca de jóias de ouro. O coral e o jaspe nem merece menção; o preço da sabedoria ultrapassa o dos rubis. O topázio da Etiópia não se compara com ela; não se compara a sabedoria nem com ouro puro! De onde, vem, então a sabedoria…. Onde habita o entendimento…… Escondida está dos olhos de toda criatura viva, até das aves do céus. A Destruição e a Morte dizem: “Aos nossos ouvidos só chegou um leve rumor dela.” Deus co nhece o caminho; só ele sabe onde ela habita, pois ele enxerga os confins da terra e vê tudo o que há debaixo dos céus. Quando ele determinou a força do vento e estabeleceu à medida exata para as àguas, quandio fez um decreto para a chuva e o caminho para a tempestade trovejante, ele olhou para a sabedoria e a avaliou; confirmou-a e a pôs à prova. Disse então ao homem: “No temor do Senhor está a sabedoria e evitar o mal é ter o entendimento.”

Jó prosseguiu sua fala: “Como tenho saudade dos meses que se passaram, dos dias em que Deus cuidava de mim, quando a sua lâmpada brilhava sobre a minha cabeça e por sua luz eu caminhava em meio às trevas. Como tenho saudade dos dias do meu vigor, quando a amizade de Deus abençoava minha casa, quando o todo – Poderoso ainda estava comigo e os meus filhos estavam ao meu redor, quando minhas veredas se embebiam em nata e a rocha me despejava torrentes de azeite. “Quando eu ia à porta da cidade e tomava assento na praça pública; quando, ao me verem, os jovens saiam do caminho, e os idosos ficavam em pé; os líderes se abstinham de falar e com a mão cobriam a boca. As vozes dos nobres silenciavam, e suas línguas coloavam-se ao céu da boca. Todos os que me ouviam falavam bem de mim, e quem me via me elogiava, pois eu socorria o pobre que clamava por ajuda, e o orfão que não tinha quem o ajudasse. O que estava à beira – da – morte me abençoava, e eu fazia regozijar-se o coração da viúva. A retidão era a minha roupa; a justiça era o meu manto e o meu turbante. Eu era os olhos do cego e os pés do aleijado. Eu era o pai dos necessitados, e me interessava pela defesa de desconhecidos. Eu quebrava as presas dos ímpios e dos seus dentes arrancava as suas vítimas. “Eu pensava: Morrerei em casa, e os meus dias serão numerosos com os grãos de areia. “Minhas raízes chegarão até as águas, e o orvalho passará a noite nos meus ramos. Minhas glória se renovará em mim, e novo será o meu arco em minha mão. “Os homens me escutavam em ansiosa expectativa, aguardando em silêncio o meu conselho. Depois que eu falava, eles nada diziam; minhas palavras caíam suavemente em seus ouvidos. Esperavam por mim como quem espera por uma chuvarada, e bebiam minhas palavras como quem bebe a chuva da primavera. Quando eu lhes sorria, mal acreditava; a luz do meu rosto lhes era preciosa. Era eu que escolhia o caminho para eles, e me assentava como seu líder; instalava-me como um rei no meio das suas tropas; eu era como um consolador dos que choram. “Mas agora eles zombavam de mim, homens mais jovens que eu, homens cujos pais eu teria rejeitado, não lhes permitindo sequer estar com os cães de guarda do rebanho. De que me serviria a força de suas mãos, já que desapareceu seu vigoar……… Desfigurados de tanta necessidade e fome, perambulavam pela terra ressquida, em sombrios e devastados desertos. Nos campos de mato rasteiro colhiam ervas, e a raiz da giesta era sua comida. Da companhia dos amigos foram expulsos aos gritos, como se fossem ladrões. Foram forçados a morar nos leitos secos dos rios, entre as rochas e nos buracos da terra. Rugiam entre os arbustos e se encolhiam sob a vegetação. Prole despresível e sem nome, foram expulsos da terra. E agora os filhos dele zombam de mim com suas canções; tornei-me um provérbio entre eles. Eles me detestam e se mantém a distância; não hesitam em cuspir em meu rosto. Agora que Deus afrouxou a corda do meu arco e me afligiu, eles ficam sem freios na minha presença. À direita os embrutecidos me atacam; preparam armadilhas para os meus pés e constroem rampas de cerco contra mim. Destroem o meu caminho; conseguem destruir-me sem a ajuda de ninguém. Avançam como através de uma grande brecha; arrojam-se entre as ruínas. Pavores apoderam-se de mim; a minha dignidade é levada como pelo vento, a minha segurança se desfaz como nuvem. “E agora esvai-se a minha vida; estou preso a dias de sofrimento. A noite penetra os meus ossos; minhas dores me corroem sem cessar. Em seu grande poder, Deus é como minha roupa me envolve com a gola da minha veste. Lança-me na lama, e sou reduzido a pó e cinza. Clamo a ti, ó Deus, mas não me respondes fico em pé, mas apenas olhas para mim. Contra mim te voltas com dureza e me atacas com a força da tua mão. Tu me apanhas e me levas contra o vento, e me jogas de um lado a outro na tempestade. Sei que me farás descer até a morte, ao lugar destinado a todos os viventes. “A verdade é que ninguém dá a mão ao homem arruinado, quando este, em sua aflição, grita por socorro. Não é certo que chorei por causa dos que passavam dificuldade…… E que minha alma se entristeceu por causa dos pobres…… Mesmo assim, quando eu esperava o bem, veio o mal; quando eu procurava luz, vieram trevas. Nunca pára a agitação dentro de mim; dias de sofrimente me confrontam. Perambulo escurecido, mas não pelo sol; levanto-me na assembléia e clamo por ajuda. Tornei-me irmão dos chacais, companheiro das corujas. Minha pela escurece e cai; meu corpo queima de febre. Minha harpa está afinada para cantos fúnebres, e a minha flauta para o som de pranto. “Se o meu corção foi seduzido por mulher, o se fiquei à espreita junto à porta do meu próximo, que a minha esposa moa cereal de outro homem, e que outros durmam com ela. Pois fazê-lo seria vergonhoso, crime merecedor de julgamento. Isso é um fogo que consome até a Destruição teria extirpado a minha colheita. “Se neguei justiça aos meus servos e servas, quando reclamaram contra mim, que farei quando Deus me confrontar….. Que responderei quando chamado a prestar contas………. Aquele que me fez no ventre materno não o fez também…… Não foi ele que nos formou, a mim e a eles, no interior de nossas mães………..”Se não atendi os desejos do pobre, ou se fatiguei os olhos da viúva, se comi meu pão sozinho, sem compartilhá-lo com o orfão, sendo que desde minha juventude o criei como se fosse seu pai, e desde o nascimeto guiei a viúva; se vi alguém morrendo por falta de roupa, ou um necessitado sem cobertor, e o seu coração não o abençoou porque o aqueci com a lã de minhas ovelhas, se levantei a mão contra o orfão, ciente da minha influência no tribunal, que o meu braço descaia no ombro, e se quebre nas juntas. Pois eu tinha medo que Deus me destruísse, e , temendo o seu esplendor. não podia fazer tais coisas. “Se pus ouro a minha confiança e disse ao ouro puro: Você é a minha garantia, se me regozijei por ter grande riqueza, pela fortuna que minhas mãos obtiveram, se contemplei o sol em seu fulgor e a lua a mover-se esplêndida, e em segredo o meu coração foi seduzido e a minha mão lhes ofereceu beijos de veneração, esses também seriam pecads merecedores de condenação, pois eu teria sido infiel a Deus que está nas alturas. “Se a desgraça do meu inimigo me alegrou, ou se os problemas que teve me deram prazer; eu, que nunca deixei minha boca pecar, lançando maldição sobre ele; se os que moram em minha casa nunca tivessem dito: “Quem não recebeu de Jó um pedaço de carne…… sendo que nenhum estrangeiro teve que passar a noite na rua, pois a minha porta sempre esteve aberta para o viajante; se escondi o meu pecado, com outros fazem acobertando no coração a minha culpa, com tanto medo da multidão e do desprezo dos familiares que me calei e não saí de casa……
“Ah, se alguém me ouvisse! Agora, assino a minha defesa. Que o Todo – poderoso me responda; que o meu acusador faça a denúncia por escrito. Eu bem que a levaria nos ombros e a usaria como coroa. Eu lhe falaria sobre todos os meus passos; como um príncipe eu me aproximaria dele. “Se a minha terra se queixar de mim e todos os seus sulcos chorarem, se consumi os seus produtos sem nada pagar, ou se causei desânimo aos seus ocupantes, que me venham espinhos em lugar de trigo e ervas daninhas em lugar de cevada.” Aqui terminm as palavras de Jó.

Eliú

Mas Eliú, filho de Baraquel, de Buz, da família de Rão, indignou-se muito contra Jó, porque se justificava a si mesmo diante de Deus. Também se indignou contra os três amigos, pois não encontraram meios de refutar a Jó, e mesmo assim o tinham condenado. Eliú tinha ficado esperando para falar a Jó porque eles eram mais velhos que ele. Mas, quando viu que os três não tinham mais nada a dizer, indignou-se. Então Eliú, filho de Baraquel, de Buz, falou:

Eu sou jovem, vocês tem idade. Por isso tive receio e não ousei dizer-lhes o que sei. Os que têm idade é quem devem falar, pensava eu, os anos avançados é que deve ensinar sabedoria. Mas é o espírito dentro do homem que lhe dá entendimento; o sopro do todo – Poderoso. Não são os mais velhos, os sábios, não são só os de idade que entendem o que é certo. Por isso digo: Escutem-me. Também vou dizer o que sei.

Eliú prosseguiu: “Você acha que isso é justo….Pois você diz: “Serei absolvido por Deus.” Contudo, você lhe pergunta: “Que vantagem tenho eu e o que ganho, se não pecar……. “Desejo responder-lhe a você e a seus amigos que estão com você. Olhe para os céus e veja; mire as nuvens, tão elevadas. Se você pecar, em que isso o afetará…….. Se os seus pecados forem muitos, que é isso lhe dará…..Ou o que ele receberá de sua mão…….. A sua impiedade só afeta aos homens, seus semelhantes, e a sua justiça, aos filhos dos homens. Os homens se lamentam sob fardos de opressão; imploram que os libertem do braço dos poderosos. Mas há quem pergunte: “Onde está Deus, o meu criador, que denoite faz surgirem cânticos que nos ensina que os animais da terra e nos faz mais sábios que “as aves do céu”…. Quando clamam, ele não responde, por causa da arrogância dos ímpios. Alias, Deus não escuta a vã suplica que fazem; o todo – Poderoso não lhes dá atenção. Pois muito menos escutará quando você disser que não vê. Disse mais Eliú;

Peço-lhe que seja um pouco mais paciente comigo, e lhe mostrarei que se pode dizer mais verdades em defesa de Deus. Vem de longe o meu conhecimento; atribuirei justiça ao meu Criador. Não tenha dúvida, as minhas palavras não são falsas; quem está com você é a perfeição do conhecimentoi.’ “Deus é poderoso, mas não despreza os homens, é poderoso e firme em seu propósito. Não poupa a vida dos ímpios, mas garante o direito dos aflito. Não tira os seus olhos do justo; ele o coloca no trono com os reis e o exalta para sempre. A voz de Deus troveja maravilhosamente: ele faz coisas grandiosas, acima do nosso entendimento. Ele diz à neve: “Caia sobre a terra.” E a chuva. “Seja um forte aguaceiro.” Ele paralisa o trabalho de cada homem, a fim de que todos os que ele criou conheçam a sua obra. Os animais vão para os seus esconderijos e ficam em suas tocas. A tempestade sai da sua câmara, e dos ventos vem o frio. O sopro de Deus produz gelo, e as vastas águas se congelam Também carrega de umidade as nuvens, e entre elas espalha os seus relâmpagos. Ele as faz girar, circulando sobre a superfície de toda a terra, para fazer tudo o que eles lhes ordenar. Ele traz as nuvens ora para castigar os homens, ou para regar a sua terra e lhes mostrar o seu amor.”

O Senhor fala

Então o Senhor repreendeu Jó do meio da teméstade e disse: “Quem é esse que obscuresse o meu conselho com palavras sem conhecimento…. Prepare-se como simples homem; vou fazer-lhes perguntar e você me responderá. Onde você estava quando lancei os alicerces da terra….Responda-me, se é que você sabe tanto. Quem marcou o limite das suas dimensões…… Talvez você saiba! E quem estendeu sobre ela a linha de medir…… E os seus fundamentos, sobre o que foram postos…… E quem colocou a sua pedra de esquina, enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam….. Quem represou o mar pondo-lhes portas, quando ele irrompeu do ventre materno, quando o vesti em nuvens e em densas trevas o envolvi, quando fixei os seus limites e lhe coloquei portas e barreiras, quando eu lhe disse: até aqui você pode vir, além deste ponto não; aqui faço para as suas ondas orgulhosas…. Você já deu ordens a manhã ou mostrou à alvorada o seu lugar, para que ela a apanhasse a terra pelas pontas e sacudisse dela os ímpios. A terra toma forma como o barro sob o sinete; e tudo nela se vê como uma veste, Aos ímpios é negada a sua luz, e quebra-se o seu braço levantado. Você já foi até as nascentes do mar, ou já passeou pelas obscurar profundezas do abismo…… As portas da morte lhes foram mostradas Você viu as portas das densas trevas…….Você faz idéia de quão imensas são as áreas da terra. Fala-me se é que você sabe. Como se vai ao lugar onde mora a luz…….. E onde está a residência das trevas…….. Poderá você conduzi-las ao lugar que lhes pertence……… Conece o mundo de habitação delas……Talvez você conheça, pois você já tinha nascido! Você já viveu tantos anos! Acaso você entrou nos reservatórios de neve, já viu os depósitos de saraiva, que eu guardo para os períodos de tribulação, para os dias de guerra e de combate…. Qual o caminho por onde se repartem os relâmpagos…… Onde é que os ventos orientais são orientados pela terra………. Quem é que abre um canal para a chuva torrencial, e um caminho para a tempestade trovejante, para chover na terra em que não vive nenhum homem, no deserto onde não há ninguém, para mater a sede no deserto árido e nele fazer brotar a vegetação……. Acaso a chuva tem pai…… Quem é o pai das gotas de orvalho…… De que vente materno vem o gelo…….. E quem dá a luz a geada que cai dos céus, quando as àguas se tornam duras como pedra e a superfície do abismo se conegela……. Você pode amarrar as lindas Pléiades…. Pode afrouxar as cordas do Órion… Pode fazer surgir no tempo certo as constelações ou fazer sair a Ursa com seus filhotes…… Você conhece as leis dos céus…. Você pode determinar o domínio de Deus sob a terra….. Você é capaz de levantar a voz até as nuvens e cobrir-se com uma inundação….. E você que envia os relâmpagos, e eles lhe dizem: “Aqui estamos….” Quem foi que deu sabedoria ao coração e entendimento a mente…… Quem é que tem sabedoria para avaliar as nuvens…..Quem é capaz de despejar os cânticos de água dos céus, quando o pó se endurece e os torrões de terra aderem uns aos outros…. E você que caça a presa para a leoa e satisfaz a fome dos leões, quando se agacham em suas tocas ou ficam à espreita no matagal…… Quem dá alimento aos corvos quando os seus filhotes clamam a Deus e vagueiam por falta de comida…”Você sabe quando as cobras monteses dão a luz…. Você está atento quando a corça tem o seu filhote….. Acaso você conta os meses até elas darém a luz….. Sabe em que época elas tem as suas crias……. Elas se agacham, dão a luz a seus filhotes, e suas dores se vão. Seus filhotes crescem nos campos e ficam fortes; partem, e não voltam mais.Quem pôs em liberdade o jumento selvagem….. Quem soltou as suas cordas…. eu lhe dei o deserto como lar, o leito seco de lagos salgados como sua morada. Ele se ri da agitação da cidade; não ouve os gritos do tropeiro. Vagueia pelas colinas em busca de pasto e vai em busca daquilo que é verde. Será que o boi selvagem consentirá em servir você…… e em passar a noite ao lado dos cochis do seu curral….. Poderá você prendê-lo com arreio na vala….. Irá atrás de você arando os vales…. Você vai confiar nele, por causa da sua grande força….. Vai deixar a cargo dele o trabalho pesado que você tem que fazer… Poderá você estar certo de que ele recolherá o seu trigo e o ajuntará na sua eira…. A avestruz bate asas alegremente. Que se dira então das asas e da plumagem da cegonha….. Ela abandona os ovos no chão e deixa que a areia os aqueça, esquecida de um pé poderá esmagá-los que algum animal selvagem poderá pisoteá-los.

artigos retirados da internet

O livro de Jó vem depois do livro de Ester e antes do livro de Salmos. É considerado a obra pirma da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de Jó, um homem temente a Deus que o agradava. As inúmeras exigeses presentes neste livro são tentativas para conciliar a existência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigiodo, é controverso. Existe uma famosa discussão no talmud a esse respeito.

A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem ser encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênisis. Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que a obra foi composta em várias etapas. O tema central do livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da “paciência de Jó”, mas a relação entre o homem e Deus, em oposição a teolgia da retribuição. Como Jó, na época do exílio na Babilônia, o povo judeu tinha perdido tudo: família, propriedade, instituições e a própria liberdade, o que exigia uma revisão da teolgia da retribuição, Para conseguir sua intenção, o autor usa uma antiga lenda sobre a retribuição. Aspecto importante é que Jó faz a sua experiência com Deus na pobreza e marginalização. A confissão final de Jó – “ Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, meus olhos te veêm.” (42.5). é o ponto de chegada de todo o livro, transformando a vida do pobre em lugar de manifestação e experiência de Deus. Apartir disso, podemos dizer que o livro de Jó é a proclamação de que somente o pobre é apto para fazer tal experiência de Deus. Apartir disso, podemos dizer que o livro de Jó é a proclamação de que somente o pobre é apto para fazer tal experiência e, por isso, é capaz de anunciar a presença e a ação de Deus dentro da história.

http://www.estudosdabiblia.net/bd11_09.htm

A pessoa que lê a Bíblia do começo ao fim, não achando nenhuma data no livro de Jó, poderia pensar que fora escrito depois de Ester, o livro anterior nas nossa bíblias.Mas as evidências sugerem que Jó viveu muito antes de Ester. Vamos observar alguns fatos:

1 – A posição de Jó no velho testamento é devido ao estilo da literatura, não é a data.

Normamente reconhecendo quatro ou cinco divisões principais do velho testamento. Os primeiros cinco livro (o pentateuco) explicam a origem do mundo, e especialmente, do povo de Israel. Os próximos doze de Josué a Ester seguem a história dos judeus da conquista da terra prometida até o cativeiro babilônico e o retorno à terra. Os próximos cinco ( de Jó a Cântico dos cânticos) são livros de sabedoria e louvor. Os últimos 17 (Issaías até Malaquias) são livros proféticos, que retratam algumas pregações de alguns mensageiros de Deus daquela época (às vezes, os livros proféticos são divididos em cinco maiores e doze menores). Percebemos quie Jó não segue Ester. É o primeiro dos livros da sabedoria.

2 – Os sacrifícios de Jó

– Na época dos patriarcas, vários servos de Deus faziam sacrifícos em diversos lugares Gênisis (9:20-21; 12:7-8; 33:20; 35, 14) Uma vez que o povo de Israel chegou a teera prometida, foi proibido para os judeus oferecer sacrifício em outros lugares, a não ser no local destinado para Deus (Deuterononio 12:1-14).. Além disso, somente sacerdotes levitas faziam esses sacrifício (Levítico 14:19). Se Jó fosse israelita vivendo sob a leti dada por meio de Moisés, wlw não teria direito de fazer seus sacrifícios em outros lugares, como fez com a aprovação de Deus (Jó 1:5; 42:8).

A idade de Jó –

No início do livro de Jó, achamos um homem casado com dez filhos e muitas posses. Depois de suas experiências com sofrimente e os debates com seus amigos, Jó ainda viveu 140 anos (42.16-17). Ao todo, , a vida de Jó certamente chegou perto dos 200 anos, e talvez foi muito além dessa idade. Sabemos que os homens nos primeiros capítulos de Gênisis atingiram idades bem avançadas. Depois do dilúvio, as idades começaram a diminuir. Abraão 175 anos, Isaque 180, Jacó 147, José 110. Depois do livro de Gênisis, não há registro de ninguém que viveu 140 anos ou mais. Este fato sugeere que Jó se encaixa na época dos patriarcas, talvez durante ou antes do tempo e Abração. Jó, sem o privilégio que temos de estudar a história de milhares de anos de fidelidade de Dues para com os homens, se mostrou fiel ao Senhior. O exemplo dele de enfrentar calamidades com plena confiança em Deus nos desafia hoje. E nós temos a vantagem de lermos o livro de Jó e dezenas de outros livros que mostram a bondade e fidelidade do Senhor.

http://pt.gospeltranslations.org/wiki/O_Livro_de_J%C3%B3:_Porque_o_Justo_Sofre%3F

 

Na área de estudos bíblicos, existem cinco livros que são geralmente incluídos sob a categoria de “literatura de sabedoria” ou “livros poéticos do velho testamento”. São eles os livros de provérbios, os salmso, os eclesiastes, os canteres de salomão e o livro de Jó. Destes cinco livros, um se destaca com nítido relevo, manifestando significativamente diferente dos demais. A sabedoria que encontramos no livro de Jó, não é comunicada em forma de provérbios. Em vez disso, o livro de Jó lida com questões de sabedoria no contexto de uma narrativa que trata com a profunda angústia e com a excruciante dor de Jó. O cenário dessa narrativa e a era patriarca. Algumas questões tem surgido com respeito ao propósito do auotr para esse livro: se uma narrativa sobre um personagem histórico real, ou se é um drama, com um prólogo que inclui a abertura do cenário, no céu, envolvendo um discurso entre Deus e Satanás, e movendo-se no climax para um epílogo, enquanto se completam as mais dolorosas perdas de Jó no transcurso de sua aflição. O cerne da mensagem de Jó e a sabedoria que se responde a questão envolvente de Deus com o problema do sofrimento humano. Em todas as gerações, protestos se levantam dizendo, que se Deus é bom, então não deveria existir dor, nem sofrimento ou morte no mundo. Acompanhando esse protesto, quanto ao fato que o mal também atinge as pessoas boas, tentativas têm sido feitas para criar uma escala de dor, pela qual assume que o índice de sofrimento de um indivíduo ,está com proporção direta com o grau de sua culpa e o seu grau de gravidade do seu pecado cometido. A resposta rápida a essa questão encontra-se no capítulo 9 do evangelho de João, onde Jesus responde a seus discípulos a questão concernetne a origem do sofrimento do homem nascido cego. No livro de Jó, o personagem é descrito como sendo um homem justo. Na verdade, o homem mais justo que existia em toda terra, mas, de quem Satanás dizia que era justo apenas porque recebia bençãos das mãos de Deus. Deus havia posto uma cerca ao redor de Jó e o havia abençoado acima de todos os mortais, e como resultado, o diabo o acusa de servir a Deus em razão apenas da generosa recompensa que recebia do seu Criador. O desafio, assim, procede do Maligno que desejava que Deus removesse a cerca de proteção, para ver se Jó não começaria, então, a maldizer a Deus. Conforme a história se desenvolve, o sofrimento de Jó segue em rápido progresso de mal para pior. Seu sofrimento foi então intenso, que o encontramos em um monte de esterco, amaldiçoando o dia que nasceu e gemendo sob uma dor sem tréguas. Seu sofrimento é tão grande, que até mesmo sua mulher o aconselha a amaldiçoar a Deus, e desta maneira, morrer, aliviado de sua agonia. O que se segue o aconselhamento dos amigos de Jó, Elifaz, Biliade e Zofar, cujos testemunhos demonstram quão vazia, e quão superficial, era a lealdade deles para com seu amigo e quão presunçosos eram em assumir que a indescritível miséria de Jó, se devia a degeneração de seu caráter. O aconselhamento de Jó alcança um nível mais elevado com uma revelação perspicaz pronunciada por Eliú. Este contribui com diversos discursos que trazem, em si, muitos elementos e sabedoria bíblica. A sabedoria final, porém, a ser encontrada nesse grandioso livro, vem não dos amigos de Jó e Eliú, mas de Deus mesmo. Quando Jó demanda uma resposta de Deus, ele lhe responde com esta repreensão: “Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntei, e tu me responderás” (Jó 38: 2-3). O que resulta dessa reprimida é uma interrogação sobremaneira intensa, jamais imposta pelo criador. Achamos, a primeira vista, que Deus está provocando Jó, a ponto de perguntar “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?” (v 4). Deus levanta questão após questão tais como: “Ou poderás tu atar as cadeias dos Sete – estrelos ou voltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os sígnos do zodíacos ou guiar a Ursa com seus filhos?” versos 31-32. Obviamente a resposta, a essas questões retóricas, que se seguem rapidamente como tiros de uma metralhadora, seria sempre “Não, não, não. Deus malha, com insistência em seu contínuo interrogatório, o aspecto da inferioridade e da dependência de Jó e, pergunta após pergunta questiona a habilidade de Jó para fazer coisas que ele evidentemente não pode fazer. Coisas que só mesmo Deus, claramente, é capaz de realizar. O admirável nesse drama é que Deus nunca responde indiretamente às perguntas de Jó. Ele não diz, “Jó”, a razão pela qual tu sofres é esta ou aquela”. Em vez disso, o que Deus faz, no mistério da injustiça de tão profundo sofrer, é responder a Jó com sua própria pessoa. E esta é a resposta sabia a questão do sofrimento – não a resposta sobre o que temos que sofrer alguma maneira particular, em determinado tempo e circustâncias particulares, mas onde nossa esperança descansa em meio ao sofrimento. Essa resposta vem diretamente do livro da sabedoria de Jó, que concorda com as demais promessas da literatura de sabedoria: o temor de Senhor, a veneração e a reverência de Deus, é o princípio da sabedoria. Quando desnorteamos neste mundo, e confusos por coisas que não podemos entender, nós não devemos procurar por respostas específicas a questões específicas, mas pelo conhecimento de Deus e sua santidade, sua justiça, sua retidão e sua misericórdia. Aí está a sabedoria encontrada no livro de Jó.

http://pt.shvoong.com/society-and-news/spirituality/1709225-livro-j%C3%B3/

O livro de Jó é um dos mais inspiradores contidos na Bíblia Sagrada. Através do conto de um homem que passa por muito sofrimento o autor nos permite a compreensão de dois princípios unversais e mais difíceis de ser integrados na vida humana, INTEGRIDADE E PACIÊNCIA. Jó era um homem rico em caráter e virtude, temente a Deus e dono de um coração justo. Também tinha muitos filhos e posses. Mas chegado o dia em que os filhos de Deus vieram a apresentar-se perante o Senhor, veio Satanás perante eles. Deus mostrou ao Diabo o valor, a grandeza e a virtude de Jó, homem, reto, sincero e desviado do mal. Satanás acreditava que tudo aquilo se devia ao fato de que Deus havia sido muito generoso com Jó e que, recebendo este homem alguma provação, não ia demorar muito a trair a confiança e o respeito por Deus. O caráter e virtude daquele homem, segundo a conclusão do Diabo, tinha preço e limite como ele afirmou “mas estende a tua mão….., e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face!… Então Deus permitiu ao Diabo que tentasse contra Jó, numa sucessão de trágicos acontecimentos Jó perdeu seus bens, sua família sua saúde ficando apenas com a vida, sentado na cinza, sendo consolado por seus três amigos Elifaz, Biliade e Zofar. Durante todo conto o pobre homem defende com firmeza suas convicções e a consciência eterna de que nada poderia justificar tamanha maldade em sua existência, estava irredutível em relação a sua bondade e vida correta, mas evitava pecar com os lábios contra Deus ou acusar, mesmo sob pressão de sua esposa que num dado momento, vendo tanto sofrimento lhe disse, “Ainda reténs a tua sinceridade? Almadiçoa a Deus, e morre….” No fim do conto, após um longo período de discussão, onde todas as convicções e certezas foram colocadas a prova, Jó conquista o direito de conversar com o próprio Deus. Sendo dignamente julgado. Alheio a toda decoração mística e religiosa (vista como fantasia em nossos dias) o ponto central desse conto reside na sinceridade, coragem e imparcialidade de um homem com profunda consciência do certo e do errado e que resiste e impõe todas as suas forças para defender essa certeza, mesmo nas mais duras condições, mesmo entre os mais incompreensíveis dos acontecimentos. O valor da educação da consciência agregada, é real.

 

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Livro de Jó para aqueles que não conhecem a Deus

A Bíblia é um conjunto de vários livros sagrados tanto aqueles que fazem parte do antigo testamento – livros escritos antes da vinda de Jesus – como os que fazem parte do novo testamento – escrito após sua vinda incluindo os evangelhos.

Pois bem, na Bíblia encontramos livros que nos chama a atenção tantos que compõe essa biblioteca. O que me faz muito refletir a existência de Deus é o livro de Jó, que está no antigo testamento. Um romance escrito há varios séculos antes de Jesus, que nos encanta pela preciosidade da literatura e de verdades e de fé. O livro inicia através de um questionamento do Diabo com Deus, quem em síntese quer trazer a seguinte mensagem; é fácil ser uma pessoa que se diz amar a Deus e viver com seu santo nome na boca quando tudo está bem, quando o saldo está gordo no banco. Quando os filhos estão encaminhados Quando tudo que faz só traz felicidade. E assim inicia o livro, narrando que havia um servo de Deus, uma pessoa que vivia rendendo graças a Ele com oferendas. Um homem que era agraciado por Deus pela sua vida de santidade. O demônio num diálogo com Deus pede lhe dê a oportunidade de fazer Jó passar pela provação, pelo sofrimento insinuando que Jó seria completamente diferente, isto é, blasfemaria contra ele (Deus) se revoltando. Diante a prepotência do demônio, Deus permite ele agir, pois tinha certeza que Jó não se entregaria a ação do mal. Em suma, um coração quando é de Deus, mesmo diante do sofrimento não o afasta da graça. De posse da autoridade dada por Deus, o demônio começou seu trabalho e destruiu a vida de Jó tirando-lhe todos os seus bens, todos seus familiares, adoecendo-o. Enfim, fez tudo que poderia se fazer para destruí-lo e assim Jó blasfemar contra Deus. Porém, mesmo com tanta desgraça ele mantém firme em não negar o criador, embora como homem tivesse suas fraquezas em não entender o que lhe estava acontecendo. Jó, embora não negando Deus, se sente injustiçado por ter sido tão fiel e de repente estar passando por aquele sofrimento, perdendo tudo e todos. Acreditava que Deus estava sendo injusto e assim, se aprofunda numa súplica de murmuria, lamentações e se achando o dono da verdade. Três de seus amigos vendo seu estado lhe procuraram, e assim, inicia um grande diálogo e debate entre ele e seus amigos. Seus amigos tentam fazer compreender que se algo de mal estava acontecendo não pela falha de Deus e que Jó aceitasse os mistérios de Deus. Embora, ocorressem vários diálogos Jó mantém-se firme no propósito que Deus foi injusto com ele. Jó diante da sua dificuldade de entender o mistério de Deus, num tom de arrogância tenta entender os mistérios da vida e da morte até que Deus intervém fazendo tantos questionamentos, lhe pedindo as respostas que ele se cala, se arrepende ficando maravilhado com a intervenção de Deus se volta dizendo ( 42, 5-6) eu te conhecia só por ouvir dizer; mas agora meus próprios olhos te veêm. Por isso, eu me retrato e me arrependo sobre o pó e a cinza.

Esta é a síntese um resumo do livro, que certamente todos aqueles que lerem com os olhos da Fé, terão todas as dúvidas sanadas quanto a existência ou não de Deus.

http://www.palavraprudente.com.br/estudos/paul_j/micelanea/cap06.html

A palavra de Deus não é principalmente um livro de ciêncial. As escrituras não foram planejadas para nos ensinarem ciência física. Não encontramos nenhum estudo formal sobre ciência na bíblia e não devemos procurar tais estudos na bíblia. No entanto, a bíblia faz algumas declarações realmente científicas. Nós realmente encontramos declarações e dicas sobre verdades científicas na palavra de Deus. Um austrônomo chamado Maurício Brackbell declarou, como resultado de seu estudo das Escrituras, que há 325 referências à ciência física nas Escrituras. Os que promovem a teoria da evolução hoje muitas vezes afirmam que há muitos conflitos entre a Bíblia e os fatos científicos. Isso simplismente não é verdade. Não há nenhum conflito entre a ciência verdadeira e a palavra de Deus! Nenhum fato comprovado da ciência entra em conflito com a palavra de Deus.Um dos problemas aqui é que alguns fatos científicos “tão chamados” não são de modo algum fatos, mas só teorias e hipóteses de homens. Se o Deus que adoramos criou este universo e também inspirou as Escrituras, então devemos esperar que ele seja correto em todas as delcarações que seu livro poderia fazer acerca da ciência física! É exatamente isso que encontramos nas páginas da palavra de Deus!

Nesta mensagem, vamos examinar vários exemplos, vamos examinar vários exemplos de declarações verdadeiramente científicas no livro de Jó e então examinar algumas em outras partes na palavra de Deus. Precisamos ter em mente aqui que os eventos registrados no livro de Jó ocorreram há cerca de 4000 anos. Nesta mensagem, vamos examinar primeiro.

A declaração científica no texto que estamos estudando

O que mantém a terra suspensa? O que a mantém em seu lugar no espaço? Os antigos gregos criam que a terra era mantida suspensa nas costas e ombros de um homem bem forte chamado Atlas. Atlas, assim, pensava-se, ficava em pé na água, mas ninguém jamais disse o que é que havia debaixo da água o sustentado. A mitologia hindu diz que a terra apóia-se nas costas de um elefante de pé em cima de uma tartaruga! A ciência descobriu que nenhum homem ou animal está segurando a terra, mas que é realmente a terra que está suspensa no espaço. Jó 26:7 disse isso 4000 anos atrás quando ele disse que Deus suspende a terra em cima do nada. “O norte estende sobre o vazio e (Deus suspende a terra sobre o nada.” Essa declaração soa como ciência no século 21. d.c, não é? Jó diz que Deus suspende a terra encima do nada – como uma bola de basquetebol no ar. Ele a suspende encima do nada ou literalmente encima do vazio, sem nada vazio apoiando-a. Pelo poder do Deus onipotente a terra está firmamente fixa no lugar. Podemos firmar os pés encima da terra e confiar o peso dos nossos corpos a algo que está suspenso encima do nada. Vê-se a onipotência de Deus no fato científico declarado neste texto hoje! O homem por sua própria capacidade não consegue manter suspensa uma pena encima de nada, mas Deus mantém suspenso o mundo inteiro encima do nada. Deus suspende não só a terra, mas também os outros planetas, o sol e a lua em cima do nada! Deus suspende a terra no espaço e a preserva em sua órbita. A terra está suspensa pelo grande poder e providência de Deus. O apóstolo Paulo diz em Hebreus 1:3 que a terra e todas as coisas são sustentadas pela Palavra do poder de Deus. Ele está falando de Cristo, Deus o filho, aqui quando diz:

“O qual, sendo resplendor de sua glória, e a expressa imagem de sua pessoa, o sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder de Deus.

Ele está falando de Cristo, Deus o filho, quando ele diz:

Paulo diz praticamente diz a mesma em Colossenses 1:17 quando fala de Cristo e diz que “todas as coisas subsistem por ele” ou são mantidas juntas por ele. O texto que estamos analisando diz literalmente: “o norte extende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.” Quando Jó entendia isso? Será que essa delcaração é exclusivamente declaração de Deus? Vamos examinar nosso seguinte estudo:

Alguns outros exemplo de declarações científicas no livro de Jó

1. As fontes no mar.Só durante a minha vida a ciência descobriu que bem no fundo do oceano grandes fontes de água se esvaziam no mar.

Muitas delas contém água quente e têm variedade de vida animal e vegetal vivendo parte de onde as fontes se esvaziam no mar. Jó 38:16 falou dessas fontes do mar há quatro mil anos quando disse: “Ou entraste tu até as origens do mar, ou passaste no mais profundo abismo? Em Gênisis 7:11 Moisés mencionou essas fontes no mar em conexão com o dilúvio da época de Noé quando ele disse que as fontes do grande abismo se romperam. “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram.”

2. O peso do ar e das águas

. A ciência moderna aprendeu que o ar tem peso e que a água tem peso.

A ciência aprendeu que a atmosfera pesa 6.35k por polegada cúbica no nível do mar e que em um galão de água pesa 3.778k. Jó 28:25 diz que Deus fez o vento e a água para terem peso. “Quando deu peso ao vento e tomou a medida da água”

Alguns exemplos de declarações científicas em outras partes da palavra de Deus

Esse ciclo tem relação como o modo que a água se precipita como chuva e neve e então é drenada na terra pelo sistema fluvial e levada para o oceano. Do oceano a água é elevada, pela evaporação, de volta ao céu e levada pelas nuvens no vento de volta sobre a terra onde denovo se precipita e o ciclo começa tudo denovo. Três termos científicos resumem esse cilco da água: evaporação, condensação e precipitação. Esse ciclo de água é um fato fundamental de um campo relativamente novo da ciência chamada metereologia. O ciclo de água é um fato aceito da ciência moderna, mas foi descrito de modo impressionante na palavra de Deus por Salomão há 3000 anos. Eclesiastes 1:7 menciona o ciclo de água. Vamos até essa passagem: “Todos os ribeiros vão para o mar, e , contudo o mar não se enche; para o lugar onde os ribeiros vão, por aí tornam eles a ir.” O livro de Jó acrescenta mais detalhes que a Salomão diz acerca do ciclo de água em Eclesiastes 1:7. Leia agora Jó 26:8. “Prende a água em densas nuvens, e a nuvem não se rasga debaixo delas. Deus prende as águas nas nuvens como se elas fossem coletadas num odre de couro até que ela tenha ocasião para usá-las. Como a água vai dos oceanos até os céus? Vai dali mediante o processo que a ciência chama de evaporação. A água em seu estado natural é 773 vezes mais pesada que o ar. O vapor da água é mais leve do que o ar e naturalmente se eleva ou sobe. Deus forma os vapores de água da evaporação e os transforma em nuvens. Do oceano, os vapores sobem, mas em grande parte não caem denovo no oceano, pois são levados em vez disso sobre a terra. As nuvens do vapor de água são os meios pelos quais vastas quantidades de água podem ser carregadas de um lugar para outro no ar e provocadas a cair quando necessário. O maravilhoso método de Deus de transportar a água é por meio das nuvens. Os cientistas hoje calcuram que a quantidade média de vapor de água mantida no ar em qualquer tempo determinando é 54.460.000.000.000 toneladas. É espantoso como uma substância tão leve como o vapor de água contenha tão vasta quantidade de água. Se você nunca tivesse ouvido falar de evaporação, como você suspenderia 54.460.000.000.000 toneladas de água a 5 a 50.000 m no ar e mantê-la suspensa? Mas o que o homem nunca pode fazer, Deus faz todos os dias! Veja Jó 26.8 denovo: “Prende as águas em densas nuvens, e a nuvem não se rasga debaixo delas.” Deus forma as nuvens e preserva as águas coletadas nelas. “A nuvem não se rasga (ou se rompe) debaixo delas”, por causa do peso das águas. A grande maravilha é que toda essa água possa, pesada como é, ser mantida ali suspensa sem explodir sobre a terra em grande distribuição. Apesar do vasto peso da água assim coleta nas nuvens pela evaporação, as nuvens porém não se rasgam, nem se rompem por motivo desse peso. Se Deus não prendesse as águas nas nuvens, ela irromperia sobre a terra e provocariam devastação na terra.. As nuvens são constituídas de tal forma que apesar das quantidades de água contida nelas elas não irrompem e não despejam seu conteúdo num dilúvio vasto e destrutivo. Que maravilha que tal quantidade de água seja suspensa no ar sem rasgar as nuvens e cair de uma só vez! Em vez disso, Deus libera as águas gota por gota. na chuva. Essa é sua misericórdia. Veja Jó 36: 27-28. Aqui Eliú também falou do ciclo da água e principalmente de Deus fazendo a água cair em gotas a partir do vapor das nuvens. Porque reúne as gotas das águas que derrama em chuva do seu vapor, a qual as nuvens destilam e gotejam sobre o homem abundante.” As nuvens são acúmulos de vapor de água que se levanta da terra e é mantido em suspensão nas nuvens até que seja liberado gota a gota para regar a terra. Que maravilha o fato de que essa água caia gota gota por vez em vez de cair em um dilúvio! A existência desse ciclo de água é uma manifestação óbvia de sabedoria, poder e bondade de Deus. Como Jó e Salomão conheciam essas coisas quando ninguém mais as sabia até mil anos mais tarde? Um segundo exemplo de declarações científicas achadas em outro lugar na palavra de Deus é a declaração que

2 A terra é redonda

em Isaías 40.22 que fala sobre o “círculo da terra.” Isaías está falando sobre Deus quando diz neste versículo. “Ele é o que está assentado sob o círculo de terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos; é Ele que estende o sol como cortinas, e os desenrola como tenda, para neles habitar; A palavra hebraica que se traduz círculo aqui é a palavra kugh e significa literalmente de forma esférica ou redonda.

3 A circuncisão deve ser realizada no oitavo dia de vida

Deus ordenou, no ano 1950 a.C, que Abraão circuncidasse seus filhos no oitavo dia de vidas deles. Veja Gênisis 17:12. O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo homem nas vossas gerações, o nasci na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua descendência.” Os rescém nascidos são de modo peculiar suscetíveis a hemorragia entre o segundo e quinto dia de vida. A ciência médica apredendeu nos últimos cinquenta anos que dois elementos de coagulação sanguínea, a vatamina K e a promtonbina, não estão presentes em quantidades normais até o quinto ou sétimo dia de vida. Portanto, o primeiro dia seguro para circuncidar um menino é o oitavo dia, o próprio filho de Deus ordenou que Abraão circuncidasse Isaque e todos os seus filhos. A ciência médica sente orgulho dessa recente descoberta, mas Deus havia ordenado que Abraão circuncidasse seus filhos no oitavo dia em 1950 a.C. Abraão não escolheu o oitavo dia depois de anos de testes e erros foi o dia ordenado pelo criador da vitamina K e da protombina. Um quarto fato científico declarado em outra parte da palavra de Deus é que

4. As estrelas dos céus são incontáveis

Antes da invenção do telescópio no século décimo sétimo d.C, os cientistas achavam que sabiam quase o número exato de estrelas no uiverso. Ptolomeu afirmou que havia 1056 estrelas, Klepler mais tarde contou 1055 estrelas. Hoje se sabe que há mais de 100 bilhões de estrelas em nossa própria galáxia e há provavelmente outras inúmeras galáxias como a nossa aí fora do espaço. A maioria dos astrônomos hoje concorda em que não é humanamente possível contar as estrelas. Jeremias disse nos anos 600 a.C que não dá para contar as estrelas do céu . Veja Jeremias 33:22 . “Como não pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim.” Outra declaração ainda de fato científico encontramos na palavra de Deus que

5 A vida do corpo humano depende do sangu

Foi no final do século XVIII que o homem aprende que o sangue leva oxigênio às céulas de corpo e retira o dióxido de carbono e outros produtos desnecessários e assim essa vida está presa ao sangue. Os médicos de Gerorge Washington realmente o fizeram sangrar até ele morrer, pois eles não entendiam que a vida do corpo humano depende do sangue. Pensando que eles o estavam ajudando a vencer sua pneumonia, os médicos de Washington drenaram mais do que um litro de sangue de seu corpo doente e ele morreu. Em Gênisis 9:4 Deus disse a Noé depois do dilúvio que a vida está na carne.

Conclusão

A verdadeira ciência concorda com as escrituras! As duas estão em harmonia. Os fatos destroem a afirmação comum dos evolucionistas de que a palavra de Deus e a ciência são incompatíveis. Boa parte do que se chama ciência hoje é pura teoria, hipíotese e suposição. É bem importante de que nos lembremos que as teorias e os axiomas da ciência estão em constante mudança. Todos os livros da ciência de 25 anos e até mesmo 10 anos atrás estão em muitos casos obsoletos e desatualizados, e os cientistas não os leêm mais. A palavra de Deus, porém, não mudou um centímetro diante de todos os séculos. Toda sílaba da palavra de Deus é ainda mesmo quando foi escrita. A palavra de deus não falha, se não fosse, então não seria a palavra de Deus. As vezes cientistas descrentes dirão que a ciência contradiz a Bíblia porque a Bíblia diz que o sol se levanta e se põe e a ciência mostra conclusivamente que não é desse jeito. Em Jó e em alguns livros bíblicos as Escrituras realmente falam do sol se levantando e se pondo tal quase as pessoas falam hoje diariamente,, mas ninguém se engana com esse jeito de falar! Esse é só o modo comum de expressas a passagem dos dias. Até mesmo cientista usam essa terminologia em suas vidas diárias. Uma das evidências mais importantes da inspiração das Escrituras

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